Descrição
O Callinectes sapidus, conhecido simplesmente como siri, é um pequeno crustáceo decápodo encontrado nas águas costeiras do Oceano Atlântico e Golfo do México. Em seu nome científico, calli é grego para "bonito", nectes para "nadador", e sapidus é latim para "saboroso". Dr. Mary Rathbun descreveu primeiramente o siri em 1896. Também conhecido como o caranguejo azul do Atlântico, esses siris são nadadores fortes - em grande parte devido ao seu quinto par de pernas, que têm a forma de remos. Eles são impressionantes e chamam atenção por suas garras, muitas vezes de cor azul brilhante, e carapaça de cor verde-oliva (concha). As garras do siri fêmea adulta têm pontas vermelhas.
Os predadores naturais do siri incluem enguias, trutas e alguns tubarões. O siri azul é omnívoro e consome tipicamente bivalves, anelídeos e peixes.
Biologia
A fêmea, na época da eclosão dos ovos, retorna ao mar para que as larvas se desenvolvam. Possui duas fases em seu ciclo de vida: uma marinha (fase pelágica) onde os ovos eclodem e os organismos se desenvolvem para o estádio de zoea, permanecendo em águas até o estágio de megalopa quando então migram para águas estuarinas em busca de proteção e salinidades mais baixas; e uma estuarina onde as megalopas recrutam (fase bentônica) e se desenvolvem para os primeiros estádios juvenis. Após sucessivas mudas, os animais se tornam adultos e aptos à cópula que ocorrerá em águas estuarinas. A cópula é estimulada através de uma mudança na salinidade. Após a cópula, as fêmeas fertilizadas migram para regiões de maior salinidade. As fêmeas então liberam os ovos, resultantes da cópula em águas estuarinas de baixa salinidade, em águas marinhas de maior salinidade.
O último par de patas locomotoras é modificado, funcionando como remos. Aquela pode pinçar com muita rapidez, causando pequenos ferimentos. A fêmea apresenta abdômen largo e arredondado, cujos apêndices são usados para carregar os ovos quando está ovígera.
Ciclo de vida e acasalamento
As fêmeas do siri acasalam-se apenas uma vez na vida, quando se tornam sexualmente maduras imediatamente após a muda púbere (imediatamente após essa muda, a fêmea é conhecida como "sook"). Ao se aproximar dessa muda púbica, as fêmeas liberam um feromônio na urina que atrai machos. Os caranguejos machos disputam as fêmeas e os carregam e protegem, chamados "berços de transporte", até ocorrer a muda. Após essa muda, quando a concha da fêmea estiver macia, o par acasalará. Durante o acasalamento, a fêmea captura e armazena o esperma do macho em recipientes semelhantes a sacos, para que possa fertilizar seus óvulos posteriormente. Quando a concha da fêmea endurecer, o macho a libertará e ela migrará para águas de maior salinidade para desovar.
Após o acasalamento, as fêmeas migram para águas de alta salinidade em estuários inferiores, sons e áreas de desova perto da costa. Eles passam o inverno antes de desovar cavando na lama. A maioria das fêmeas desova pela primeira vez dois a nove meses após o acasalamento, geralmente de maio a agosto na estação seguinte. A fêmea expulsa ovos fertilizados em uma massa coesa, ou "esponja", que permanece presa ao abdômen até que as larvas surjam. A esponja média contém cerca de dois milhões de ovos e é formada em cerca de duas horas.
Meio ambiente, clima e alcance
O habitat preferido são as praias lodosas, tanto rasas como profundas, e pode subir pelos riachos que desembocam no mar, sendo abundante sua ocorrência em água salobra. Ocorre em todo o litoral do Brasil.
Tamanho (Calibre)
Os machos podem ter de 18 a 20 centímetros de diâmetro, enquanto as fêmeas são um pouco menores em tamanho.
Distribuição
O siri é amplamente distribuído ao longo das costas do Atlântico e do Golfo, da Nova Escócia ao Golfo do México e ao sul do Uruguai. Também foi introduzido em outras partes do mundo. Este caranguejo habita estuários e lagoas costeiras salobras.
Como visto em 09/10/2019, The National Wildlife Federation - Siri